Hoje discutimos os problemas das listas 6 e 7, como revisão para a prova, que será na próxima sexta 13/7. Bom estudo para todos!
A vista de prova deve ser na segunda-feira 16/3 a partir das 14h, na minha sala. Assim que eu tiver as notas da P2 vou publicar aqui.
Começamos com duas aplicações de teoria de perturbações independentes do tempo para o caso não-degenerado: efeito Stark quadrático e uma perturbação delta no meio do poço quadrado infinito.
Descrevemos a teoria de perturbações para o caso degenerado, encontrando as correções de energia até segunda ordem. Resolvemos a quebra de degenerescência causada pelo efeito Stark dinâmico no nível n=2 do átomo de Hidrogênio, usando teoria de perturbações até primeira ordem. Depois vimos uma Hamiltoniana simples de um sistema de 3 níveis e calculamos correções devido a uma perturbação, até 2a ordem em teoria de perturbações.
Na próxima aula veremos problemas das listas e outras aplicações de teoria de perturbações, e na aula seguinte teremos nossa prova final. Vocês tem uma lista de sugestões de problemas de teoria de perturbações, vejam a página de listas de exercícios.
O que vimos hoje corresponde às notas de aula do capítulo 6, páginas 6 a 14.
Simetrias:
Teoria de perturbação independente do tempo.
Definição do problema e da abordagem: queremos obter aproximações para autovalores e autovetores de

, onde

é a Hamiltoniana não-perturbada que sabemos resolver,

é uma Hamiltoniana arbitrária com elementos de matriz da mesma ordem de grandeza que os de

, e

é o parâmetro perturbativo. Procuramos aproximações sucessivas, que serão corretas até certa potência de

.
Encontramos os autovetores perturbados em termos da Hamiltoniana não-perturbada (até

), e as energias até

.
Na próxima aula veremos aplicações.
O que vimos corresponde às notas de aula do cap. 5, páginas 18 a 20, e cap. 6, páginas 1 a 5.
Simetria de paridade (continuação):
A simetria de paridade de uma Hamiltoniana implica em uma regra de seleção - o operador x não conecta estados de paridade diferente. O mesmo é verdade para qualquer operador ímpar sob paridade. Entre outras coisas, isso significa que estados não-degenerados de Hamiltonianas com simetria de paridade não podem ter momento de dipolo permanente.
Simetria de inversão temporal:
O que vimos corresponde às notas de aula do capítulo 5, páginas 10 a 17.
Mais propriedades dos coeficientes de Clebsch-Gordan: podem ser escolhidos como reais.
Coeficientes de Clebsch-Gordan: como usar uma tabela.
O que são operadores escalares e operadores vetoriais, em termos das suas propriedades sob rotações.
Teorema de Wigner-Eckart para operadores vetoriais, e como ele garante que vários elementos de matriz são zero, além de mostrar a proporcionalidade dos outros elementos com o operador de momento angular.
Voltamos ao estudo de simetrias em mecânica quântica, com destaque para simetrias discretas. Para os operadores de simetria unitários que temos estudado, vimos que caso a Hamiltoniana tenha uma simetria (comute com U), então o gerador do U será uma quantidade conservada.
Se H tem uma simetria, então podemos operar com essa simetria em auto-estados de energia para obter outros auto-estados de mesma energia - um exemplo é a degenerescência dos harmônicos esféricos, devido à simetria por rotações. Se a simetria for quebrada, quebramos também a degenerescência, como acontece com os Hamiltonianos do efeito Zeeman e efeito Stark para o átomo de Hidrogênio.
Começamos a estudar simetrias discretas com o operador de simetria de paridade, que inverte a posição. Vimos que o momento p também é invertido, bem como o momento angular, tanto orbital como de spin.
Funções de onda podem (ou não) ser autofunções do operador de paridade. Se forem, tem paridade bem-definida, sendo pares ou ímpares, no sentido familiar que aparece no cálculo, por exemplo.
Um teorema: Se a Hamiltoniana comuta com o operador de paridade e tem um auto-estado não-degenerado de energia, esse auto-estado será auto-estado também de paridade. Vimos exemplos como os auto-estados do oscilador harmônico, e contra-exemplos (para o caso degenerado), como superposições de diferentes auto-estados com mesma energia do átomo de hidrogênio.
Discutimos o papel da simetria de paridade no caso do poço duplo quântico, cuja Hamiltoniana tem essa simetria. O estado fundamental é par, e o 1o estado excitado é ímpar. Criamos dois estados não-estacionários como superposições desses dois estados, um concentrado no poço da esquerda e um no da direita. Quando levantamos a barreira no meio do poço até o infinito recuperamos a degenerescência, e os dois estados (fundamental e 1o excitado) do poço finito passam a ter a mesma energia. Se criamos um dos estados concentrados em um lado, ele passa a ser estável no tempo, efetivamente quebrando a simetria da Hamiltoniana. Essa quebra de simetria acontece por causa da degenerescência (do estado fundamental, neste caso), e acontece com muitos outros sistemas físicos, como um íma que poderia ter sua magnetização apontando em qualquer direção (ou numa superposição de direções), mas cuja simetria é quebrada, surgindo uma magnetização em uma dada direção.
As notas de aula correspondentes vão da página 28 a 38 do cap. 4, e páginas 1 a 9 do capítulo 5 (Simetrias).
Adição de momento angular.
2 exemplos simples: partícula com momento angular orbital e spin 1/2; dois spins 1/2. Vimos que temos 2 escolhas interessantes de base para descrever os sistemas, uma consistindo de produto das bases que já usamos para cada subsistema (baseado em auto-estados de

e

) e outra em que os operadores que definem a base de auto-estados são

e

, operadores do momento angular total.
A teoria formal da adição do momento angular tem como objetivo calcular as probabilidades de obtermos qualquer resultado de medida desses operadores todos, dado um estado inicial qualquer. Descrevemos o operador de rotação infinitesimal para os dois subsistemas, vendo que aparece o operador de momento angular total como gerador.
Vimos o que são os coeficientes de Clebsch-Gordan: são amplitudes de probabilidade associadas ao resultado de medidas na base global, dado uma preparação na base local (e vice-versa).
Discutimos algumas propriedades dos coeficientes de Clebsch-Gordan: os valores possíveis de j e m; na próxima aula veremos mais propriedades.
O que vimos corresponde às notas de aula do capítulo 4, páginas 22 a 27.
Ainda momento angular.
Como calcular J_y para spin 1, e com isso calcular o operador de rotação mais geral.
Momento angular orbital. Mostramos que satisfaz as relações de comutação do momento angular; em seguida que o operador de rotação (gerado por L_z) roda mesmo a função de onda. Com isso encontramos a forma do operador L_z em coordenadas esféricas. Um argumento similar pode ser usado para encontrar os operadores L_x, L_y e L^2 em coordenadas esféricas.
Harmônicos esféricos: são a parte angular da função de onda, no caso de potencial com simetria esférica. São um conjunto completo para expansão da dependência angular de qualquer função no espaço 3D. Encontramos 3 equações que valem para os harmônicos esféricos, usando as equações de autovalores para L^2, L_z e a equação de ortonormalidade dos autovetores. Essas equações podem ser usadas para encontrar explicitamente os Y_l^m. Uma forma prática é começar pelo Y_l^l e ir “descendo a escada”, usando o operador L_-.
Vimos que certos elementos de matriz do operador rotação podem ser escritos em termos de harmônicos esféricos.
O que vimos corresponde às notas de aula do cap. 4, páginas 15 a 21. OBS: a lista 5 já está disponível aqui, reparem que havia um errinho na eq. (8), que já foi corrigido.
Continuando o estudo do momento angular.
Encontramos os auto-valores de J^2 e J_z. Há um passo da derivação que o Sakurai trata de maneira pouco rigorosa, para uma derivação rigorosa vejam a seção C do cap. 6 do Cohen-Tannoudji.
Calculamos os elementos de matriz de J^2, J_z, J_+ e J_-, sempre na base |j,m>.
Discutimos as representações dos operadores de rotação em MQ. Na base |j,m> a matriz de rotação é irredutível, significando que tem a forma mais simples possível, não podendo ser reescrita em formato diagonal por blocos menores em qualquer outra base. Vimos que as matrizes de rotação são unitárias, e que seus elementos de matriz têm um significado físico simples: começando com estado |j,m>, os elementos de matriz nos dão as amplitudes de probabilidade de, após a rotação, obtermos os diferentes valores |j,m'>.
Usando a representação geral de uma rotação como combinação de rotações sucessivas no eixo z, y e z novamente (conhecida como representação dos ângulos de Euler), vimos que para calcular os elementos de matriz de uma rotação geral em qualquer sistema físico, é suficiente saber calcular os elementos de matriz de rotações em torno do eixo y. (Isso é consequência de estarmos trabalhando com a base |j m>.) Fizemos isso para o caso de um spin 1/2, na próxima aula veremos o caso de um spin 1.
O que vimos hoje corresponde às notas do cap. 4, páginas 8 a 14.
Hoje começamos a estudar o momento angular em MQ.
A primeira coisa a fazer é deduzir as relações de comutação dos componentes do momento angular. Começamos lembrando a descrição de rotações com matrizes ortogonais, e lembramos que rotações em torno de eixos diferentes em geral não comutam.
Depois descrevemos o operador de rotações infinitesimais na MQ. Para isso, lembramos que o momento angular é o gerador de rotações em mecânica clássica; apareceu um operador fazendo esse papel no operador de rotação infinitesimal em MQ, então identificamos esse operador como o componente do momento angular na direção do eixo da rotação infinitesimal.
Em seguida mostramos que a não-comutatividade das rotações em mecânica clássica se traduz na relação de comutação fundamental do momento angular. Notem que os comutadores foram obtidos sem usar a definição de momento angular orbital

; o que fizemos é geral, e inclui o momento angular de spin, por exemplo, que não é definido assim mas que, como todo momento angular, satisfaz as mesmas relações de comutação.
Demos uma pausa do desenvolvimento da teoria para descrever rotações de um spin 1/2; acabamos vendo que os valores esperados do momento angular rodam (como esperado) com as rotações. A derivação usando a fórmula de Baker-Hausdorff-Campbell garante que isso vale para qualquer momento angular, e não só para o caso de spin 1/2.
Revisitamos o problema da precessão de um spin 1/2 e vimos que por causa da forma do operador Hamiltoniano, o operador de evolução temporal é, ao mesmo tempo, um operador de rotação, justificando os valores esperador rodarem da forma como fazem com a precessão.
Um fato curioso, consequência disso que estudamos: o vetor de estado de um spin 1/2 só volta ao que era depois de uma rotação de

radianos, e não

como poderíamos esperar! Depois de uma volta completa o vetor de estado ganha uma fase de

, que é uma fase global caso o spin seja tudo que temos, mas que será uma fase detetável experimentalmente caso o spin seja parte de um sistema, como foi feito na experiência de Rauch e outros, e Werner e outros, em 1975.
O que vimos corresponde às notas de aula do cap. 4, páginas 1 a 7.
Relembramos como derivar a equação de continuidade, e depois fizemos o mesmo incluindo agora o termo de potencial vetor na Hamiltoniana de uma partícula carregada. Vimos que isso altera o fluxo de probabilidade J.
Transformações de calibre na MQ: vimos que os potenciais mudam de forma a não mudar E, B, mas temos necessariamente que introduzir um fator de fase na função de onda. Isso leva a mudanças no valor esperado do momento (que não é invariante de calibre, logo não é algo que tenha significado físico direto). Mostramos que a equação de Schrodinger é invariante por transformações de calibre, e vimos que o momento mecânico Pi é invariante, e que pode ser observado fisicamente (por exemplo, observando como o valor esperado da posição muda no tempo).
Vimos explicitamente como o momento canônico p se transforma sob transformações de calibre.
Por último descrevemos brevemente o efeito Aharonov-Bohm, em que feixes de partículas quânticas têm seu comportamento mudado pela existência de um fluxo magnético numa região por onde as partículas nunca passam.
O que vimos corresponde às páginas 34 a 41 do cap. 3 das notas de aula.
Potenciais e transformações de calibre.
Se adicionamos uma constante V_0 ao potencial, o estado ganha uma nova fase, mas essa fase é uma fase global que não muda os valores esperados dos observáveis.
No entanto, se um feixe é dividido e cada sub-feixe passa por uma região com um potencial constante e diferente entre as regiões, cada sub-feixe ganha uma fase diferente, e essa diferença das duas fases é observável no padrão de interferência da sobreposição dos dois subfeixes.
Esse efeito pode ser usado para observar uma consequência da gravidade na mecânica quântica. Na verdade, quando observamos partículas elementares que caem, estamos observando efeitos da gravidade na MQ. O que temos em mente aqui é um efeito em que a combinação

apareça, e isso é justamente o que acontece com a interferência quântica induzida pela gravidade.
-
Transformações de calibre no eletromagnetismo. Escrevemos a Hamiltoniana de carga em campo eletromagnético, e aparece o momento mecânico ou cinemático

que, veremos depois, será conservado por transformações de calibre no potencial (transformações que não mudam os campos E, B).
Obtivemos a equação de movimento de Heisenberg para a segunda derivada de x, que é a versão quântica da força de Lorentz.
O que vimos corresponde às notas de aula do cap. 3, páginas 29 a 34.
Estados coerentes do oscilador harmônico.
São estados cuja evolução temporal para os valores esperados de x, p seguem as trajetórias do oscilador harmônico clássico.
Descrevemos o oscilador harmônico clássico, fazendo uma mudança de variáveis análoga à mudança de operadores que fizemos no caso quântico, para descrever o problema em termos dos operadores

e

. No OH clássico, isso consiste em descrever o oscilador usando a amplitude complexa

.
Definimos as duas condições que queremos que nossos estados coerentes satisfaçam: que tenham o mesmo valor de energia e os que o valor esperado do operador a no estado inicial seja o a amplitude clássica inicial

. Com isso, teremos que os valores esperados de x e p seguirão as trajetórias clássicas.
Propriedade 1 de estados coerentes: são auto-estados do operador a, com autovalor correspondente à amplitude clássica

. Isso nos permite encontrar os coeficientes da expansão na base de energia.
Propriedade 2: o valor esperado da energia é o mesmo que o clássico; a distribuição de probabilidade para resultados de medidas de energia segue uma distribuição de Poisson.
Propriedade 3: definimos um operador de translação no espaço de fase, e estados coerentes são o estado fundamental transladado assim. Por isso, estados coerentes também são estados de incerteza mínima.
O que vimos corresponde às páginas 23 a 28 do cap. 3 das notas de aula.
Oscilador harmônico.
Aplicando sucessivamente operador a a um auto-estado de energia, encontramos que o número de excitações n deve ser inteiro maior ou igual a zero, o que nos dá o espectro de energia.
A função de onda do estado fundamental satisfaz uma equação diferencial equivalente à condição

. Resolvendo-a, encontramos que o estado fundamental é uma função gaussiana.
Aplicando o operador

ao estado fundamental encontramos as funções de onda dos estado excitados.
Encontramos elementos de matriz e variâncias de x e p para auto-estados de energia. Vimos que

para auto-estados de energia. Para encontrar estados cujos valores esperados de x e p oscilam como a posição e momento de um oscilador clássico vamos ter que encontrar os estados coerentes, que (como qualquer estado quântico) podem ser escritos como superposições de auto-estados do operador número (e da energia).
Encontramos as equações de Heisenberg para evolução temporal dos estados.
O que vimos nesta aula corresponde às notas de aula do capítulo 3, páginas 17 a 22.
Hoje tivemos vista da 1a prova, e discutimos os problemas da prova. Depois:
Princípio da incerteza para energia/tempo: vimos que a desigualdade parece ser aquela que sai da consideração das variâncias de dois observáveis que comutam (a relação de incerteza que derivamos), mas deve ser obtida de outra forma pois o tempo não é observável. Definimos

como um tempo característico para a variação de um observável Q de um desvio padrão; então vale

, onde

é a variância da energia (operador Hamiltoniano).
Começamos a estudar o oscilador harmônico quântico. Fizemos uma “mudança de variáveis” (na verdade, de operadores) para expressar a Hamiltoniana com os operadores

e

, definidos como certa combinação llinear (não-Hermitiana) dos operadores

e

. Reescrevemos a Hamiltoniana usando o observável número

, e vimos que como [H,N]=0, procurar os auto-estados de H é equivalente a procurar os auto-estados de N. A continuar na próxima aula.
O que vimos corresponde às notas de aula do capítulo 3, páginas 14 a 17.
Hoje discutimos os problemas da lista 3 e resolvemos outros problemas de revisão para a 1a prova.
Hoje continuamos discutindo a dinâmica quântica, apresentando duas maneiras diferentes de discuti-la, as descrições (ou representações) de Schrodinger e de Heisenberg.
Definição das duas descrições, exemplo com operador de translação infinitesimal.
Equação do movimento para os operadores na descrição de Heisenberg.
Como provar duas identidades mostrando o cálculo de comutadores de x com funções de p, e vice-versa.
Usamos as identidades para obter os operadores x(t) e p(t) para o exemplo de partícula livre.
Ao examinar uma partícula sob ação de potencial V(x) arbitrário, vimos que os valores esperados de x e p seguem trajetórias clássicas, o que é conhecido por teorema de Ehrenfest, um resultado importante para a comparação entre a teoria clássica e a quântica.
Vimos como os vetores-base (que são autoestados de um observável na descrição de Heisenberg) mudam juntamente com o observável, “rodando” na direção contrária àquela em que “rodam” os vetores-estado na representação de Schrodinger.
O que vimos hoje corresponde às notas de aula do cap. 3, páginas 7 a 13.
Hoje começamos a discutir a dinâmica quântica.
Encontramos o operador infinitesimal de evolução temporal, nos baseando na discussão que já tínhamos feito sobre transformações contínuas de estados quânticos. Vimos que o gerador da evolução temporal é o operador Hamiltoniano.
A partir da forma do operador infinitesimal (e da forma como eles se compõem), obtivemos uma equação diferencial que o operador de transformações finitas deve satisfazer. Essa é a equação de Schrodinger para o operador U.
Vimos que a equação diferencial para as funções de onda segue diretamente da equação para U.
Discutimos 3 casos diferentes em que temos que encontrar o operador, e a solução formal para cada caso: i) H independente do tempo; ii) H dependente do tempo, mas com H(t) comutando com H(t'); iii) H com dependência arbitrária do tempo. Na maior parte dos casos de interesse neste curso lidaremos com o caso i).
Vimos como evoluem os autoestados de energia, e como os valores esperados variam com t para um estado geral.
Discutimos um exemplo simples de dinâmica, um spin precessionando em campo magnético uniforme.
Por fim, discutimos as dificuldades mais comuns que vocês tiveram na lista 2, que entreguei corrigida.
O que vimos hoje corresponde às notas de aula do cap. 3, páginas 1 a 6.
Hoje terminamos a discussão sobre o formalismo de operadores densidade.
Vimos como descrever sistemas quânticos compostos de duas partes (ou mais). A construção de observáveis e kets no espaço de Hilbert maior corresponde ao produto tensorial, também conhecido como
produto de Kronecker.
Embora os vetores-base do sistema composto sejam estados produto, nem todo estado do sistema composto é produto. Os que não são produtos são chamados de estados emaranhados, e têm propriedades interessantes: são úteis em diversos protocolos da área de informação quântica (como o teletransporte e a distribuição quântica de chaves criptográficas); e não têm os estados das partes bem-definidos, enquanto o estado total é bem-definido. Se você ficou curioso sobre a área de informação quântica, eu recomendo a leitura do
meu livro de divulgação científica (há exemplares na biblioteca).
Vimos como os subsistemas de um sistema composto em geral são descritos por uma matriz densidade mista, e aprendemos a calcular essa matriz densidade a partir do estado do sistema total, usando a operação chamada de traço parcial.
Se temos um estado global puro e tiramos o traço parcial, encontrando uma matriz densidade mista, podemos concluir que o estado original era emaranhado.
Exemplos de matrizes densidade mistas e traço parcial.
O que vimos corresponde às notas de aula do cap. 2, páginas 9 a 15.
Continuamos o estudo do formalismo do operador densidade.
Chamei atenção para a diferença entre superposição de estados e combinação convexa das matrizes-densidade correspondente a esses estados.
Provamos 3 propriedades dos operadores-densidade: não-negatividade, traço 1, Hermiticidade.
Provamos também propriedades do espectro de

: a soma dos autovalores é 1; não-negatividade é equivalente a termos todos os autovalores não-negativos.
Como reconhecer se uma matriz densidade representa um estado puro ou misto? 2 condições equivalentes a ser puro:

e

.
Vimos outra caracterização de estados puros: não podem ser escritos como combinação convexa de outros estados, enquanto todos os mistos podem.
Vimos exemplos de decomposições múltiplas do mesmo operador densidade, e vimos exemplos de matrizes-densidade para alguns estados puros e mistos de spin.
O que vimos hoje corresponde às notas do cap. 2, páginas 3 a 8.
Começamos discutindo como representar estados e operadores usando a base dos auto-estados de momento.
Obtivemos também o unitário (função de transformação, como às vezes é chamado no caso de variável contínua) que leva a base x na base p e vice-versa. É a nossa conhecida onda plana.
De maneira natural obtivemos as integrais que levam uma representação na outra, e vimos que essas integrais são simplesmente a transformada de Fourier (e a transformada inversa).
Exemplo: pacotes Gaussianos. Calculamos valores esperados, variância etc, e vimos que eles são estados de incerteza mínima.
Vimos rapidamente o que precisamos mudar quando vamos representar estados no espaço tridimensional, ao invés da partícula na reta.
Introdução ao formalismo do operador densidade. Uma situação para motivar o formalismo: descrevendo uma situação em que a produção de estados puros é feita probabilisticamente, e vimos como calcular o valor esperado de algum observável de interesse para esse ensemble estatístico de estados puros. Essa é a típica situação em que o formalismo do operador densidade é útil; outra situação típica, que veremos mais adiante, é quando queremos descrever um subsistema de um sistema quântico maior, ou como dizemos no jargão, um sistema quântico aberto.
O que vimos corresponde às páginas 54 a 58 das notas do cap. 1, e páginas 1 e 2 das notas do cap. 2.
Para quem não reparou, simplifiquei um pouco a lista 2 de exercícios, deem uma olhada lá.
Vimos o que é um grupo (matemático), e alguns exemplos de grupos discretos e contínuos. Já tínhamos visto que as translações formam um grupo. Para saber mais consulte livros de álgebra ou notas de aula disponíveis na internet, por exemplo
este curso.
Voltando à mecânica quântica, vimos que os componentes do momento comutam e permitem definir uma base de auto-estados comuns.
Comentei rapidamente que há outras formas de chegarmos às relações de comutação canônicas, por exemplo o caminho que Dirac seguiu, “quantizando” a mecânica clássica dos parênteses de Poisson.
Discutimos a mecânica quântica de uma partícula em 1D, descrita usando a base de autoestados de posição. Vimos como escrever produtos internos, expansões de funções em termos de uma base de auto-funções, e como escrever os elementos de matriz de um operador. Em seguida vimos como obter valores esperados de funções da posição.
Obtivemos a forma do operador momento na representação de posições, usando o efeito conhecido do operador de translação, que é função do operador momento. Respondendo a uma pergunta, dá sim para fazer essa dedução usando translações finitas, o que apareceria na eq. 1.7.15 do Sakurai seria uma expansão de Taylor com infinitos termos, a ser comparada com a expansão de Taylor para a exponencial que descreve a translação finita. Comparando termo a termo, vemos que o operador momento é mesmo

.
Vimos o equivalente às páginas 49c a 53 das notas de aula.
Começamos discutindo as principais dificuldades que vocês tiveram com a primeira lista de exercícios.
Discutimos o significado físico do operador Hermitiano K, vendo que ele deveria se relacionar ao operador momento. Dividimos K pela constante de Planck (que tem a dimensão necessária, de ação), para definir o operador momento, e com isso encontramos a relação de comutação fundamental entre posições e momentos.
Vimos como transformações mais gerais de estados permitem que descubramos o operador de transformação infinitesimal (que é unitário), e a partir dele encontramos o operador de transformações finitas. Voltando ao operador K, vimos que ele é o gerador das translações, e encontramos o operador de translações finitas. Lembramos como definir funções de operadores, derivá-las etc, o que precisamos para resolver a equação diferencial que nos deu as transformações finitas.
Usando o fato das translações finitas comutarem, encontramos as relações de comutação dos momentos.
Na aula de hoje vimos o correspondente às páginas 47 a 49b das notas de aula, além de termos discutido as soluções da primeira lista de exercícios.
Como transformamos observáveis para outras bases, obtendo um observável equivalente, que provamos ter o mesmo espectro. Como exemplo, mudando a base podemos transformar o operador de momento angular

em

, ou componente em qualquer direção.
Começamos a discutir espaços de Hilbert correspondente a observáveis com espectro contínuo, como posição e momento. A dimensão do espaço nesse caso é infinita. A primeira coisa que fizemos foi fazer uma lista de equivalência entre fórmulas para espaços de Hilbert discretos e contínuos.
Em seguida, para tratar de um caso concreto, começamos a discutir medidas de posição.
Discutimos a operação de translação, introduzindo um operador correspondente à translação infinitesimal dos estados quânticos. Listamos quatro propriedades do operador desse operador

, e em seguida mostramos que o operador proposto tem essas quatro propriedades.
Em seguida, calculamos o comutador

, e vimos que eles não comutam. Na próxima aula vamos interpretar esse fato.
O que vimos na aula de hoje corresponde às páginas 41 a 47 das notas de aula.
Provamos alguns lemas. 1o Lema: desigualdade de Schwarz. 2o Lema: valor esperado de operadores Hermitianos é real (já tínhamos provado isso). 3o Lema: valor esperado de operadores anti-Hermitianos é imaginário puro.
Usando os lemas provamos a relação de incerteza - uma desigualdade para variâncias de observáveis incompatíveis.
Mudança de base: vimos que sempre é possível definir um operador unitário que leva uma base em outra. Vimos como se transformam os coeficientes da expansão de estados, e os elementos de matriz de operadores, em termos desse operador unitário. Listamos algumas propriedades do traço de uma matriz (algumas das propriedades podem ser provadas usando-se os unitários de troca de base).
O que vimos na aula de hoje corresponde às páginas 34 a 39 das notas de aula.